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POLÍTICA

Marina Silva comemora “decisão técnica” do Ibama sobre foz do Amazonas

Publicado em

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), defendeu nesta terça-feira (23/5) a “decisão técnica” do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que negou pedido de exploração de petróleo e gás natural na foz do Amazonas.

“O parecer do Ibama foi contrário [à exploração na foz do Amazonas] e, a partir de agora, o que está estabelecido é o cumprimento da lei: todas as frentes de exploração de petróleo e projetos de alta complexidade passarão pela avaliação ambiental estratégica”, declarou Marina.

“É uma decisão técnica e a decisão técnica em um governo republicano, em um governo democrático, ela é cumprida e é respeitada com base em evidência”, completou a ministra do Meio Ambiente.

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Marina Silva se encontrou nesta terça com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. A reunião foi mediada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no Palácio do Planalto, e teve na pauta a negativa para exploração de petróleo e gás natural na foz do Amazonas.

“Foi uma reunião exatamente para trazer as evidências e o procedimento que está estabelecido para o conjunto das ações”, ressaltou Marina.

A Petrobras, por sua vez, anunciou que irá recorrer da decisão do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, que acompanhou um parecer de 10 técnicos do órgão sobre possíveis danos ambientais na exploração de combustíveis fósseis na região.

Abalo no governo Lula

A decisão do Ibama afetou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Marina Silva defendeu anteriormente a não exploração da foz do Amazonas pretendida pela Petrobras. Por outro lado, Silveira destacou que as perfurações seriam destinadas para pesquisas sobre a região.

Entre os atritos está a saída do senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula no Congresso, da Rede Sustentabilidade, partido da ministra do Meio Ambiente, logo após a decisão do Ibama.

Randolfe então passou a tecer duras críticas contra a decisão do Ibama e declarou que a exploração poderia trazer benefícios socioeconômicos para o seu estado, o Amapá.

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