POLÍTICA
Nikolas reage após Moraes pedir explicação sobre uso de celular em visita a Bolsonaro: ‘Patético’

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) se pronunciou nesta quarta-feira, 26, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu 24 horas para que a defesa de Jair Bolsonaro (PL) esclareça o uso de um celular pelo parlamentar durante visita realizada ao ex-presidente na semana passada.
“Em decisão de 11/11/2025, autorizei a visita do deputado federal Nikolas Ferreira ao réu Jair Messias Bolsonaro, então em cumprimento de prisão domiciliar, a ser realizada no dia 21/11/2025. Ressaltei, naquela ocasião, que todas as visitas deveriam observar as determinações legais e judiciais previamente estabelecidas”, escreveu Moraes ao intimar a defesa de Bolsonaro nesta quarta.
Pouco depois, o deputado se pronunciou nas redes sociais. “A visita ao presidente Bolsonaro ocorreu dentro da normalidade da minha atividade parlamentar. Meu celular estava comigo para uso pessoal e não foi usado para comunicação externa. Não recebi orientação sobre proibição do aparelho”, disse ele em publicação no X.
Apesar da proibição imposta pela Corte, o deputado chamou a situação de “patética”. “As proibições dizem muito sobre o estado do país. Além de que criminosos usam celular na cadeia para comandar facções inteiras e ninguém da Suprema Corte dá 24h pra explicar nada. Mas celular de visita agora vira caso de “gravidade institucional”. Não é justiça, é teatro pra intimidar. Patético”.
Imagens exibidas pelo Jornal Nacional mostram o ex-presidente conversando com o deputado na área externa da casa, enquanto Nikolas usa o aparelho. Por decisão do STF, Bolsonaro está proibido de usar celular, diretamente ou por intermédio de terceiros, durante o período de prisão domiciliar.
No sábado, 22, Bolsonaro foi preso preventivamente e levado para a sede da Polícia Federal em Brasília, sob risco de fuga. Ele tentou romper a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda, o que acionou as autoridades. A violação ocorreu poucas horas após a visita do parlamentar. Uma vigília também foi convocada por Flávio Bolsonaro no condomínio do ex-presidente, o que poderia facilitar sua fuga.
Nesta terça-feira, 25, o STF determinou a execução da pena do ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses pela trama golpista. Com a decisão, a prisão preventiva foi convertida em cumprimento de pena em regime fechado. Bolsonaro permanecerá na carceragem da Polícia Federal.









