RIO BRANCO
Cerca de 13% da população do Acre vive sem banheiro: Um retrato da crise do saneamento
Em um cenário preocupante, cerca de 13% da população do Acre vive em residências sem banheiro, conforme apontado por um estudo do Instituto Trata Brasil. Essa realidade não é apenas uma questão de conforto, mas sim um reflexo de problemas sérios que afetam a saúde e a dignidade de milhões de brasileiros.
De acordo com os dados coletados, mais de 1,3 milhão de lares em todo o país estavam sem esse equipamento essencial em 2022, atingindo aproximadamente 4,4 milhões de pessoas. Essa falta é mais pronunciada nas regiões Nordeste e Norte, que juntas somam 63,1% e 30,1% das habitações sem banheiro, respectivamente. No Norte, por exemplo, cerca de 7 em cada 100 casas não possuem banheiro, com estados como Pará e Amazonas figurando entre os piores índices.
No contexto nacional, o Acre se destaca negativamente. Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas no estado não têm acesso a banheiros adequados, representando alarmantes 34,7% do total do Brasil. O problema é igualmente grave no Maranhão, Bahia e Piauí, onde as taxas de moradias sem banheiro são alarmantes — cerca de 4 em cada 100 lares ainda carecem desse recurso básico.
Um dado ainda mais alarmante revelado pelo estudo é que 60,7% das pessoas vivendo em condições sem banheiro estão abaixo da linha da pobreza. Isso significa que 8 em cada 100 indivíduos em situação de vulnerabilidade econômica enfrentam essa privação. Essa correlação entre a falta de saneamento e a desigualdade social evidencia a urgência de políticas públicas eficazes para resolver essa questão.
A data de 19 de novembro marca o Dia Mundial do Banheiro, uma oportunidade para refletirmos sobre a importância do acesso a esse equipamento básico. A celebração serve como um chamado à ação para melhorar a infraestrutura de saneamento básico no Brasil, assegurando um futuro mais digno e saudável para todos os cidadãos.