Confira: setembro registrou níveis de seca extrema em várias regiões do Acre

De acordo com o recente relatório do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), a falta de chuvas impactou severamente o estado.

O Índice Integrado de Seca (IIS3 e 6) revelou que diferentes municípios do Acre foram afetados por essa condição adversa, variando de seca moderada a extrema. Uma das áreas mais atingidas foi o Vale do Juruá, onde a seca alcançou níveis críticos, classificada como severa. Já a região de Tarauacá/Envira e alguns municípios da tríplice fronteira do Acre registraram seca moderada. Por outro lado, as regiões próximas à capital Rio Branco enfrentaram uma seca considerada baixa.

Esse cenário também teve um impacto significativo na agricultura local. Os estados do Amazonas e Acre apresentaram respectivamente 14 e 12 municípios com mais de 80% de suas áreas agroprodutivas afetadas pela seca, prejudicando a produção agrícola.

Além disso, o Cemaden destacou que a propagação da seca no mês de setembro foi alarmante no Acre. Com chuvas abaixo da média e estresse hídrico no solo, o índice de alerta para a seca foi acionado.

Os dados apontam que essa é considerada a pior seca enfrentada pelo Acre desde 1980. O estado faz parte dos oito estados da Região Norte e Nordeste afetados por essa situação extrema, que está relacionada ao fenômeno El Niño atípico em 2023. Em junho, o professor e pesquisador da Ufac, Alejandro Fonseca, já havia alertado para a influência do El Niño na diminuição das chuvas no Acre, considerando as mudanças climáticas globais.

Diante da seca extrema e suas consequências, a Prefeitura de Rio Branco declarou situação de emergência. O decreto foi motivado pelos baixos índices pluviométricos, indicando uma estiagem crítica e prolongada na capital, resultando na redução dos níveis dos rios e na baixa umidade do ar.