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Justiça condena o Vasco a pagar R$ 5,3 milhões ao volante Marcelo Mattos
A 31ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro condenou o Vasco a pagar R$ 5,3 milhões ao ex-atleta Marcelo Mattos, 39 anos. A decisão saiu na noite de quarta-feira.
O volante defendeu o clube entre 2016 e 2019 e entrou na Justiça em março de 2021. Ele alegou que erros médicos durante o tratamento de uma lesão no joelho abreviaram sua carreira – foram cinco cirurgias no período.
Além disso, o ex-jogador também cobrava salários atrasados em sua passagem: outubro a dezembro de 2017, janeiro de 2018 e abril de 2019, além de 13º salário (2017 e 2018) e férias (2016, 2017 e 2018). Por fim, ele ainda postulou a falta de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de março de 2017 até janeiro de 2018, março de 2018, maio a dezembro de 2018 e todas de 2019.
No total, o meio campista cobrava quase R$ 8 milhões do Vasco.
Na decisão, a juíza Adriana Maia de Lima aceitou as diferenças salariais em razão da redução salarial feita pelo clube a partir de janeiro de 2019; indenização pela estabilidade provisória entre 26 de abril a 30 de maio de 2019; recolhimento para o FGTS; danos morais e danos estéticos e indenização por lucros cessantes.
– Nosso sentimento é de que a justiça está sendo feita. O laudo pericial constatou e a sentença cravou que os procedimentos utilizados no Marcelo foram equivocados, desde a cirurgia prematura até retorno antes do tempo necessário, que agravaram a lesão e, infelizmente, fulminaram a carreira dele. Há alguns pontos da sentença que nós não concordamos e iremos recorrer. Mas, no todo, foi o que esperávamos – declarou o advogado Filipe Rino, que representa o atleta.
Marcelo Mattos chegou ao Vasco em 2016 e, no mesmo ano, sofreu uma grave lesão no joelho, durante um treino em São Januário. No processo, ele alega que Jorge Henrique, ex-atacante do clube, “lhe desferiu um chute no joelho direito, de forma proposital”.
Na ocasião, Mattos rompeu o ligamento cruzado anterior, passou por cinco cirurgias e ficou quase três anos sem jogar. Nesse período, teve o contrato renovado duas vezes.
Quando retornou aos gramados, fez apenas um jogo antes do fim do seu vínculo, em 2019. Em seguida, ainda com sequelas no joelho, teve passagens curtas por Santa Cruz, Dom Bosco (MT) e Bangu, último time da carreira, em 2021.