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Caminhoneiro fala de crime bárbaro contra mulher e filhas: “Morri junto”

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O caminhoneiro Régis Cardoso, falou pela primeira vez sobre o assassinato da mulher, Cleci Cardoso, e das filhas, Miliane Calvi Cardoso, de 19, e outras duas, de 13 e 10 anos, que foram encontradas mortas por um pedreiro de uma obra ao lado da casa da família.
Em entrevista ao SBT Comunidade, o homem estava bastante emocionado contou que no dia do crime estava em viagem no Paraná, detalhou os últimos momentos com a família, além da angústia em não ter conseguido contato com as vítimas.

“Antes eu tinha elas, trabalhava por elas, aí hoje você trabalha e não tem família mais. Não tem objetivo para trabalhar mais, eu vou e volto, não tenho minha casa, não tenho esposa, não tenho minhas filhas. Que graça tem viver desse jeito? Qual objetivo de viver desse jeito? Tenho minha família, minha sogra, mas não é a mesma coisa. Eu morri junto com elas, esse desgraçado acabou com minha vida também, me matou junto com elas, vou viver para que agora, qual o motivo se não tenho elas mais?”, disse.

“Eu falei com ela (Cleci) sexta-feira de tardezinha, no sábado mandei mensagem e não tive resposta. Quando foi no domingo eu vim embora viajando mandei mensagem de novo, o que tá acontecendo, vocês não me respondem eu estou ligando e vocês não atendem. Estão brabas comigo? Eu achei que ela tinha ficado brava comigo, porque ela perguntou se eu estava carregando para casa, eu falei ‘eu não. Vou fazer mais uma ou duas viagens aí eu vou embora’, eu achei que ela tinha ficado braba”, continuou.

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O caminhoneiro contou que ainda tentou falar com a família pela parte da manhã do dia em que os corpos das vítimas foram encontrados. Ele disse em entrevista que chegou a ligar para a escola das filhas menores e constatou que elas não tinham ido a aula.

A partir disso, o homem entrou em contato com a sogra e pediu para que ela fosse até a casa da família. A mãe de Cleci contou que tinha visto a filha apenas dois dias atrás. Foi quando o caminhoneiro decidiu acionar a polícia.

Após autorização, a Polícia Militar em conjunto com o Corpo de Bombeiros adentrou a residência e localizou as vítimas. Poucas horas depois, Gilberto Rodigues dos Anjos que trabalhava em uma obra ao lado, foi preso em flagrante pelos assassinatos. Três das vítimas foram mortas a facada e a menina de 10 anos por asfixia, além de terem sido estupradas, segundo a Polícia Civil.

Régis cobrou justiça. “Creio muito em Deus, espero que rápida (justiça) e certo, que esse cara nunca mais saía da cadeia, que pague o resto da vida dele”, concluiu em entrevista ao SBT Comunidade.

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