POLÍTICA
Haddad defende “proteger” quem está no rotativo do cartão de crédito
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu proteger “quem está caindo” no rotativo do cartão de crédito, modalidade em que o cliente não paga o valor total da fatura e transfere a dívida para o mês seguinte. Mas ele ponderou que não se pode “perder de vista” o varejo, uma vez que boa parte das compras no país são feitas nesse sistema.
Com juro anual acima de 400%, essa é a modalidade de crédito mais cara do país e vem sendo criticado por parlamentares.
Haddad disse que “o rotativo (continuar) assim não dá”. A declaração foi dada em entrevista a podcast do jornalista Reinaldo Azevedo, gravada na sexta-feira (10/8) e transmitida nesta segunda (14/8).
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“Começou a surgir um movimento no Congresso de insurgência contra os 470% e aí reacendeu (o debate). Nós já estamos há algum tempo, há alguns meses, já discutindo com os bancos. Mas nós não podemos perder de vista o varejo”, disse Haddad
Em seguida, ele defendeu a proteção do cliente: “Você tem que proteger quem está caindo no rotativo, claro, você tem que fazer alguma coisa por essa pessoa”.
Na semana passada, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que a pasta vê o fim do rotativo do cartão de crédito como “uma boa saída”. Ele negou a possibilidade de tabelamento.