POLÍTICA
“O valentão não compareceu”, diz deputada sobre ausência de diretor do Iapen em reunião na Aleac
Alexandre Nascimento, diretor do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), era esperado na manhã desta quarta-feira, 29, para participar de uma reunião no âmbito da Comissão de Segurança Pública, na Assembleia Legislativa do Acre, mas não apareceu. Ele havia sido convidado na semana passada, já que o requerimento para convocá-lo foi rejeitado na ocasião.
Alexandre foi acusado por várias policiais penais de assédio moral, tanto na sede do Iapen quanto em uma reunião que ele realizou no presídio. Manifestações e denúncias foram feitas pelas polícias penais, não só para os sindicatos e associações, mas também nesta casa legislativa, na esperança de que alguma providência fosse tomada contra as atitudes autoritárias e até arbitrárias de Alexandre contra seus policiais penais, mas nada foi feito e ele não compareceu à reunião na manhã desta quarta-feira.
A deputada Michelle Melo disse que, infelizmente, já esperava essa atitude, pois no momento em que seu requerimento foi rejeitado, Alexandre não tinha nenhuma obrigação de comparecer, o que de fato aconteceu. “Geralmente os que são muito valentões dentro de uma sala com mulheres não têm valentia suficiente para comparecer perante as autoridades. Fizemos o requerimento de convocação, mas esse requerimento foi rejeitado. Mediante o convite, o que aconteceu? O valentão não compareceu, mostrando desrespeito não só às servidoras públicas, às trabalhadoras que estão sob sua autoridade, mas também a esta casa legislativa”, disse Michelle.
A parlamentar garantiu que irá novamente apresentar o requerimento para convocar o diretor Alexandre, a fim de oportunizar a ele a possibilidade de esclarecer as denúncias. “Como presidente da Comissão dos Direitos Humanos, nós estaremos colocando nesta casa, novamente, o requerimento de convocação, para que ele venha convocado, obrigado a comparecer perante este poder. Nós não deixaremos passar o tamanho desrespeito de um gestor público para com essas policiais penais, que até hoje se sentem indignadas e humilhadas”, concluiu.