“Claro que ia ser bem cuidado”, diz Joelma sobre depoimento de filha de funcionária do PS

Após matéria vinculada no site do governo sobre uma mãe relatando o bom tratamento que o filho recebeu no Pronto-Socorro de Rio Branco, Joelma Dantas, mãe do pequeno Théo, que faleceu no início do mês enquanto aguardava por um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), foi às redes socias e disse que a moça é filha de uma funcionária da unidade de saúde.

Numa ‘live’, de pouco mais de 3 minutos, Joelma dispara “a menina é filha da enfermeira Luana Silva, é claro que ia ser bem cuidado. Coloca uma pessoa do seringal ou de uma colônia que chegou lá no PS e foi bem atendido. Gladson, tu só passa vergonha, tua equipe é tão despreparada quanto você, por isso que mataram 13 inocentes”, diz.

Ainda durante a gravação, a servidora pública chama atenção a uma situação que ela intitula como grave: “o neto da enfermeira, que trabalha no PS, é tratado muito bem as outras crianças são assassinadas. Segundo o código penal, o funcionário público não pode tirar vantagem que é crime… viu, senhora Luana Silva? Se a senhora cuidou demais do seu neto, e graças a Deus essa criança tá viva, não estou querendo que a criança tenha morrido também. Mas se a senhora usou de algum subterfúgio por ser funcionária de lá pra maquiar a pouca vergonha, a senhora pode até perder seu cargo, saiba disso (sic)”.

Antes que o relato de Luanny Azevedo, mãe do pequeno Bryan Lucca se tornasse matéria, ela usou as redes socias, no último dia 23 de julho, para relatar que, antes de buscar o atendimento público, havia ido atrás de vários pediatras particulares e não tinha vaga. E que mesmo com a resistência foi ao PS “a partir do momento que entramos lá até a saída fomos tratados com respeito, amor e atenção…um atendimento que foi humanizado do começo ao fim, algo que eu jamais pensei que seria”, escreveu.

A reportagem buscou a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para saber se, de fato, a jovem era filha de uma funcionária do Pronto-Socorro, que disse que a matéria foi feita baseada no relato da rede social e não por indicação.