“Vivos por um milagre”, diz ex-deputado ao relembrar um dos maiores acidentes aéreos do Acre

Aos 75 anos, o ex-deputado estadual José Vieira de Farias é um dos sobreviventes da queda de um avião ocorrida em 1997, na cidade de Sena Madureira. Naquele ano, o nível das águas do rio Iaco atingiu 19,10 metros, provocando uma das maiores enchentes da história de Sena.

O avião dirigido pelo piloto Aguinaldo Nunes, o Barbinha, fazia um sobrevoo na cidade com a meta de captar algumas imagens da alagação e encaminhá-las para os órgãos competentes. Além de Zé Vieira, também ocupavam a aeronave a ex-prefeita Toinha Vieira, o então deputado federal Márcio Bittar, o Major Rocha, comandante da PM, Francisco Amorim (besouro) e o tenente Costa, do Corpo de Bombeiros.

Inicialmente, a equipe realizou uma vistoria no bairro Segundo Distrito. Ao sair para o bairro Bom Sucesso, o avião bateu na torre da Rádio Difusora e o piloto Barbinha fez todo esforço para jogá-lo dentro do igarapé Cafezal, caso contrário, dificilmente teria sobrevivido alguém. Barbinha acabou morrendo e os demais envolvidos sobreviveram.

Passados 26 anos da data trágica, Zé Vieira, em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (2), agradeceu a Deus por estar vivo. “Estamos vivos por um milagre de Deus. Foi a mão de Deus que nos livrou da morte. Somos gratos por esse milagre”, comentou.

Ele disse que não lembra muito como de que forma saiu de dentro do avião: “Lembro que saí e me agarrei em um pé de tachi. Sofri um grande corte no supercílio. Perdi parte da visão do olho direito, mas para a gravidade do acidente, foi um livramento, sabemos que foi Deus que nos livrou do pior”, salientou.

A ex-prefeita Toinha Vieira foi salva pelo sargento Francisco Amorim (besouro). O mesmo puxou Toinha pelos cabelos de dentro das águas do igarapé cafezal, onde o avião caiu.

Nos dias atuais, Zé Vieira é Gerente da SEPA de Sena Madureira. Ele foi nomeado no começo do ano pelo governador Gladson Cameli.